Guilherme, (poeta-aprendiz) |
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quarta-feira, 6 de junho de 2012
tão eu ...
“E agora que tudo acabou, restou eu, cheio de desculpas para te pedir, das coisas mal-feitas que eu fiz. Desculpe-me por ter sido tão seu, por dizer ‘eu te amo’ várias vezes. Chega, acabou. Para amar é preciso confiança, nós tinhamos demais, quem sabe. Ou talvez, nada. Tens que amar depois de dizer as coisas mais lindas e sinceras e não fazer como um passarinho infeliz, que bota teus ovos e os abandona no ninho. Você me abandonou. Fiquei como brinquedo abandonado, aquele que antes era seu preferido e adorava brincar, até você gastar as rodinhas e depois deixar jogado em qualquer canto, esquecido. Não dava mais certo. Amar sozinho desgasta qualquer um. Nosso amor venceu, passou da validade. Eu sempre fui teu brinquedo preferido, penso eu. Você soube aproveitar, soube usar. Brincou, brincou, brincou e depois jogou fora. Eu não sou mais nada, nada. Talvez eu repetindo várias vezes eu aprenda. Não sou mais nada além de um brinquedo velho.”
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